Você sente dor de barriga, gases ou diarreia sempre que consome leite ou derivados? Esses sintomas podem indicar que seu corpo não está digerindo a lactose corretamente. Nesses casos, o exame de intolerância à lactose é fundamental para confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento adequado.
O exame de intolerância à lactose pode ser realizado de diferentes maneiras, dependendo do método escolhido pelo médico ou laboratório. Os mais comuns são:
O paciente ingere uma dose de lactose e, em seguida, são coletadas amostras de sangue para medir o nível de glicose. Se a glicose não subir, indica má digestão da lactose.
O paciente sopra em um aparelho que mede a quantidade de hidrogênio no ar expirado após ingerir lactose. Níveis altos sugerem intolerância.
Esse tipo é mais comum em crianças, verifica a acidez resultante da fermentação da lactose no intestino.
O teste do hidrogênio expirado é considerado o mais sensível e confiável, pois detecta de forma indireta, mas precisa, a fermentação da lactose não digerida. No entanto, a escolha do melhor exame depende da idade do paciente, sintomas e recursos disponíveis no laboratório.
Geralmente, é necessário jejum de 8 a 12 horas antes do exame, além de evitar alguns alimentos e medicamentos que possam interferir no resultado, como antibióticos ou probióticos, nos dias anteriores. O laboratório fornece orientações específicas para cada caso.
O tempo varia conforme o método. O teste do hidrogênio expirado, por exemplo, pode durar de 2 a 3 horas, com coletas a cada 30 minutos. O teste de tolerância à lactose dura cerca de 2 horas, enquanto o teste de acidez nas fezes depende apenas da coleta e análise do material.
A maioria dos métodos não causa dor, apenas desconforto. O teste de tolerância à lactose exige coletas de sangue, que podem causar uma leve picada. Já o teste do hidrogênio expirado e o teste de acidez nas fezes são totalmente indolores.
O exame de intolerância à lactose pode ser feito em laboratórios de análises clínicas, clínicas especializadas em gastroenterologia ou hospitais que ofereçam diagnóstico laboratorial. É importante escolher um local de confiança, com profissionais qualificados e equipamentos adequados.
Na maioria dos laboratórios, sim. O pedido médico garante que o exame seja indicado corretamente e interpretado de forma adequada, evitando diagnósticos equivocados. Em alguns serviços particulares, é possível realizar sem pedido, mas isso não é o ideal.
O exame de sangue tradicional não identifica intolerância à lactose por si só.
Apenas o teste de tolerância à lactose, que mede a variação da glicose após ingestão de lactose, é capaz de sugerir o diagnóstico. Outros exames de sangue podem ser solicitados para descartar doenças associadas.
Durante o teste, o profissional pode observar e registrar sintomas como:
Esses sinais, associados ao resultado laboratorial, ajudam a confirmar o diagnóstico.
Na intolerância à lactose, o problema é a deficiência da enzima lactase, que digere o açúcar do leite. Já na alergia ao leite, o sistema imunológico reage contra as proteínas do leite, causando sintomas que podem incluir reações cutâneas e respiratórias, além de sintomas digestivos. Os exames e tratamentos são diferentes para cada condição.
Um resultado positivo indica que o organismo não está digerindo a lactose de forma adequada, causando fermentação no intestino e gerando sintomas.
Isso não significa que a pessoa precise cortar todo tipo de leite e derivados, mas que deve adaptar a dieta, usando produtos sem lactose ou reduzindo o consumo conforme orientação médica.
O exame pode ser feito em qualquer idade, inclusive em crianças e bebês, desde que haja indicação médica. No caso dos pequenos, costuma-se optar por métodos menos invasivos, como o teste de acidez nas fezes, enquanto em adolescentes e adultos é mais comum o teste do hidrogênio expirado ou de tolerância à lactose.
Sim. Os testes são considerados seguros e não apresentam riscos relevantes. Em crianças, o médico avalia qual método é mais indicado para evitar desconfortos desnecessários e obter resultados confiáveis.
Em alguns casos, sim. O médico ou laboratório pode orientar a evitar alimentos que contenham lactose no dia anterior, principalmente se houver risco de interferência nos resultados. Além disso, é comum solicitar jejum antes do teste.
Alguns medicamentos, como antibióticos, probióticos e antiácidos, podem alterar os resultados. Por isso, é fundamental informar ao médico todos os remédios que você usa antes de marcar o exame. Em alguns casos, será necessário interromper o uso temporariamente, sempre com orientação profissional.
Na maioria dos casos, sim. O exame não exige recuperação nem repouso. No entanto, algumas pessoas podem apresentar sintomas como diarreia ou cólicas após ingerir a lactose durante o teste, o que pode causar desconforto e dificultar atividades no restante do dia.
Sim. Isso pode acontecer se o paciente não seguir corretamente as orientações de preparo, se estiver usando medicamentos que alteram a flora intestinal ou se tiver consumido alimentos que interfiram no teste. Por isso, é importante realizar o exame em um laboratório de confiança e seguir todas as instruções.
Não existe um teste caseiro confiável. Embora algumas pessoas façam “testes” retirando e reintroduzindo leite na dieta para observar sintomas, essa prática não substitui a avaliação médica e pode gerar conclusões erradas. Apenas exames laboratoriais confirmam o diagnóstico com segurança.
Se os sintomas forem controlados e a dieta ajustada, não há necessidade de repetir o teste com frequência. No entanto, se houver mudanças no quadro ou reaparecimento dos sintomas, o médico pode solicitar nova avaliação.
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